terça-feira, 18 de agosto de 2009

Juiz de Fora e o lixo

Você deve ter visto o noticiário sobre o aluguel de caminhões de lixo pela PJF.

Não há outra conclusão senão o óbvio: há muita treta nos negócios envolvendo o lixo. Segundo Omar Peres publicou em seu blog, seria muito mais vantajoso para uma prefeitura do porte de Juiz de Fora a opção de compra dos caminhões e compactadores por leasing. E digo mais: não é apenas o porte da nossa cidade que favorece tal opção, mas principalmente da própria estrutura do Demlurb. Poucas cidades dispõem de uma instituição como o Demlurb que, infelizmente, está sendo desmontada. O pretexto da "falta de dinheiro" é ridículo. Mesmo que a prefeitura estivesse com as contas no vermelho, não justifica este total "analfabetismo admnistrativo" (para não dizer outra coisa).

O fato é que, nos dias atuais, está cada vez mais difícil driblar o policiamento; as fiscalizações oficiais (leia-se PF, MP, TCE, TCU, CGU etc.), ainda mais com o advento da informatização que facilita o cruzamento de dados. E o que resta para a picaretagem? Simples: os negócios envolvendo o lixo. Pois ali você tem o manjado "caráter de urgência" protegido por lei, já que o lixo envolve também saúde pública. Passado tal "caráter de urgência", começam outras picaretagens acessórias. Por exemplo: a aferição contratual, com o "aumento da demanda".

Assim, por exemplo, se no contrato está a previsão de recolhimento de 450 toneladas por dia, isto não é garantia que nos próximos meses a demanda aumentará - seja por crescimento populacional ou seja por crescimento do consumo per capita.

Por exemplo: se o juiz-forano João da Silva ganhou mais dinheiro e teve mais condição de comprar mais bens de consumo, isto implica na necessidade de a prefeitura recolher mais lixo; se a Maria das Dores veio de Bicas para trabalhar na nova empresa juiz-forana Joinha de Minas, isto também implica em mais demanda de lixo. Então entra em ação o "gatilho-jeitinho". E como se calcula tal aumento da demanda? Nem o "Mister M" saberia responder.

Genial, não!?

P.S. E Juiz de Fora continua imunda (em todos os sentidos).

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