domingo, 31 de maio de 2009

Desmascarada (mais uma) maracutaia tucana

As pessoas bem informadas sabem que a educação em São Paulo está falida. Conforme este blog já informou, a melhor escola estadual de São Paulo ficou em 2.596ª posição no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.
Clique AQUI para comprovar na própria "serrista" Folha.

Os motivos para a desmoralização do ensino em São Paulo são muitos, desde a conhecida incompetência tucana até o salário-vergonha que pagam aos professores.


Porém, aos poucos vamos apurando que, mais do que descaso e incompetência, também há o mais sórdido motivo: a ganância em querer faturar grana em cima da educação pública.

Este blog também já noticiou que José Serra beneficiou a Editora Abril (leia-se revista Veja) num contrato sem licitação. Clique AQUI.

Eis que agora surge uma denúncia gravíssima apurada pelo blog "Cloaca News".

Paulo Renato Souza, ex-ministro da educação de FHC e atual secretário de educação em SP é também proprietário da PRS Consultores (PRS = Paulo Renato Souza), empresa especializada na "Indústria (sic) do Conhecimento".

No conjunto de clientes (clique AQUI) da citada empresa do secretário consta os tubarões do mercado brasileiro de livros didáticos, como as editoras Positivo, Moderna e Santillana.

A Santillana controla a Editora Moderna, Editora Objetiva, Editora Salamandra e Editora Richmond; também controla o Sistema Uno de Ensino e a empresa de avaliação educacional Avalia.

O negrito na empresa AVALIA não foi à toa.
O endereço da Avalia é a Av. São Gabriel, 201, conuntos 1408, 1409 e 1410. Clique AQUI.
O endereço da "Indústria do Conhecimento" de Paulo Renato é: Av. São Gabriel, 201, cj. 1406. Clique AQUI.

Coincidência demais, não!?

O blog "Cloaca News" sugere, muito a propósito, a leitura de um artigo de Rui Falcão (de 2007) que esmiuçava o pornográfico relacionamento dos tucanos com a próspera "Indústria do Conhecimento".

Clique AQUI para ler o artigo de Rui Falcão. Eis um trecho:

"(...) É sobre esse pano de fundo que se deve analisar a investida de Kamel (diretor de jornalismo da Rede Globo) contra uma coleção didática (do governo Lula), de grande sucesso de vendas, segundo a estimativa do mercado. No que pareceu ser uma ação orquestrada, segundo o acúmulo de evidências, enquanto Kamel disparava o seu ataque numa página de O Globo, o jornal espanhol El País estampava no dia seguinte em sua manchete (19/09/2007): “Brasil entrega a 750.000 estudiantes un polémico manual de historia” “El libro de texto ensalza el comunismo y la revolución cultural china”. Ao mesmo tempo, o ex-ministro da Educação, o deputado federal Paulo Renato de Souza (PSDB-SP) - durante cuja gestão o “livro comunista” havia sido incluído no rol dos recomendados no Guia do Livro Didático, do MEC -, cuidava de divulgar as denúncias no site de seu partido, além de criticar à imprensa um suposto relaxamento do atual governo na defesa dos critérios de independência e neutralidade adotados pelo MEC.

(...)

Ocorre que El País é propriedade da empresa Santillana, que controla a editora Moderna – uma das que mais interesse tem no mercado brasileiro de livro didático, um mercado concentrado em mãos de umas poucas grandes editoras, dentre as quais a espanhola. Ocorre também que a Santillana conta em seu corpo de consultores com o ex-ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, um dos responsáveis na gestão FHC pela decisão de estender a todos os estudantes da primeira à quarta séries o acesso gratuito aos livros didáticos de Português, História e Geografia, Ciências e Matemática – decisão que viria a converter o governo federal no maior comprador de livros didáticos, e o mercado brasileiro, no maior do mundo, como deve ter previsto o ex-ministro da Educação, antes de se incorporar às hostes da Santillana.

Além de contratar o ex-ministro tucano da Educação, a Santillana soube fortalecer a promiscuidade, assim constituída, entre os seus interesses e o de ex-membros do governo FHC, ao contratar também Mônica Messenberg, braço direito de Paulo Renato de Souza no MEC na condição de executiva responsável pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Nos dias seguintes à sua saída do MEC, sem respeitar o período ético e legal da quarentena, Mossenberg passou a ocupar alto cargo executivo no conglomerado Santillana, como diretora de assuntos institucionais (leia-se: lobby junto a governos, secretarias estaduais e municipais de Educação) da editora Moderna.

(...)"


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