sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Tragédia manipulada?

A imprensa brasileira não cria juízo mesmo...
Mesmo sem saber detalhes do caso, toda a mída tupiniquim, na captura inconsequente do ibope, noticiou uma única versão de uma tragédia pessoal vivida pela brasileira identificadda como Paula Oliveira, que vive na Suíça.

Diz a notícia que a brasileira, grávida de três meses, teria sido torturada pelos chamados neonazistas; os criminosos, com estilete, teriam feito marcas no corpo da vítima inclusive com siglas de um partido conservador suíço. Por conta das agressões, a brasileira teria perdido a criança, ou melhor, as crianças (seriam gêmeas).

Ávida por alardear um escândalo, a mídia brasileira não só passou o recibo da versão da brasileira como também colocou-se contra o suposto descaso das autoridades e também da mídia suíça - estendendo-se também à mídia europeia. Seriam todos tão frios e malvados assim?

Não, meus prezados... Tanto as autoridades quanto a mídia DE LÁ fazem o que a mídia irresponsável DE CÁ deveria fazer: checar a informação e, antes de qualquer coisa, usar a cautela para não prejulgar erroneamente.

A se confirmar tudo o que foi noticiado sobre o caso, este fato é gravíssimo e merece a mais profunda investigação para a severa punição dos responsáveis.

Mas, por ora, veja a situação do caso (ainda a ser confirmada):

1- Ao contrário do que a imprensa nacional quer nos fazer crer, a polícia, ante o chamado de um homem que "achou" a brasileira, foi ao local e fez um minucioso trabalho de detecção de pistas e vestígios dos supostos criminosos. E fez apelo para que testemunhas que estivessem próximos à estação no horário do crime entrassem em contato. Ninguém viu grupo algum de jovens que, pela descrição da brasileira, chamariam a atenção de qualquer um;

2- Exame de corpo e delito na suposta vítima não teria detectado gravidez alguma;

3- As marcas no corpo foram feitas apenas nas partes onde a vítima alcançaria com a mão. Ainda, tudo indica que os cortes teriam sido pintados antes com caneta;

4- Mesmo ante os indícios de autoflagelação da brasileira, a polícia continua trabalhando com a hipótese de crime e evita dar mais detalhes do fato. A imprensa de lá, também cautelosa, evita dar mais detalhes do caso. A isto a imprensa de cá chama de "descaso".

De qualquer jeito, seja pela crueldade ou pela histeria, o caso é uma tragédia.

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